Não podia faltar nesta galeria o inimitável Gustave Doré.
Aliás, a Ópera Gráphica lançou álbum luxuoso escrito por Gonçalo Junior com a íntegra das gravuras, como pode ser visto na matéria publicada por Marcelo Naranjo:
Cada imagem vem acompanhada de um fragmento do romance diretamente relacionado à mesma. O volume tem organização do jornalista Gonçalo Junior (A Guerra dos Gibis, Tentação à Italiana).
"Nosso propósito é presentear os fãs de Cervantes com algo diferente das muitas edições do livro que foram publicadas este ano e que pode ser vista como um complemento do texto", explica Gonçalo, que faz um longo ensaio sobre Doré na introdução.
Quase 150 anos depois de publicar a primeira edição de Dom Quixote com seus desenhos, o artista francês ainda estabeleceu uma marca tão forte em relação ao personagem que os dois são, hoje, indissociáveis. Não é possível idealizar outra figura de Dom Quixote senão a de Doré. Talvez seja esse um acontecimento único no mundo da literatura, uma vez que não houve uma composição combinada e os dois autores viveram em tempos diferentes, com dois séculos de diferença.
Doré dividiu seu trabalho em três blocos bem distintos: pequenos desenhos (croquis) de personagens secundários ou mesmo do protagonista, espalhados com recorte no texto; desenhos mais elaborados de cenas da trama e do cotidiano em formato horizontal mediano; e grandes gravuras em pranchas meticulosamente construídas - cerca de uma centena, sempre com a retratação de alguma cena na qual Dom Quixote aparecia na companhia do fiel Sancho Pança ou de outros personagens.
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