sexta-feira, 11 de abril de 2008

A CAPA, FINALMENTE!


UFA! TERMINEI O DOM QUIXOTE

Nem acredito.

Mas é verdade.

Na quinta à noite (10/04) eu terminei o danado!


Entrei numa pauleira total pra terminar a revista. Perdi muito tempo com pesquisas em recortes de jornais do meu amigo João Buhrer, postando nos blogs, mas valeu a pena.Estourei todos os prazos que propus pro Duda da Escala Educacional, janeiro foi o último deles. Mas está se tornou a minha obra mais cara, mais querida...Ontem à noite eu finalizei o tratamento digital de toda a pintura em aquarela que fiz, além de refazer todo o letreiramento. E fiz tudo sozinho. Ou quase.


Minha mulher Cláudia, minha Thaís e minha funcionária Lourdes acompanharam tudo de perto. Ajudaram até a apagar o grafite das páginas.Varei madrugadas, perdi filmes e comprei, mas não li, dezenas de revistas. Até a minha sogra já estava rezando para eu terminar logo. E não é que deu certo?

Mas só a minha mulher mesmo pra me dar a maior força e segurar todas!
Até café da manhã aqui no estúdio ela chegou a trazer! E quando eu pensei em relaxar na pintura ou repassar pra outra pessoa, ela segurou a barra!
Existe o ditado popular “atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”.
Eu diria: Atrás de uma grande obra, há sempre uma grande mulher!

Entrei numa pauleira total pra terminar a revista. Na reta final, tive muita insônia. Acordava às 2h30, 3h30 da madruga e pra não perder tempo, ia pra mesa trabalhar. Pesquisei muito, até demais, estourei todos os prazos, mas está se tornando a minha obra mais cara...


São quase 11 meses de trabalho, com pausas para pesquisas; charges pro Sinergia, Sindipetro, Sindiquim; Quadrinhos para a Front, Quadrinhópole, Câmara de Itatiba, cartilhas para a Fundacentro, ilustrações para a Rigesa, Caterpillar, Unimed, caricaturas pra internet, atualizações de fotologs e ainda buscar a filha na escola, levar no caratê (só no ano passado), etc.
Só no D. Quixote, gastei uma caixa de aquarela Sakura, uns 8 litros de água (pra aquarela, não pra beber), 3 canetas pretas (artist pen) Pitt Faber Castell, 12 canetas descartáveis de nanquim UniPin japonesas, 0.3, 0.5 e 0.8 mm, 5 canetas de retroprojetor, 10 caixinhas de grafite 2B, 0.7mm, pentel, 4 canetas pretas ponta porosa Faber Castell (ótimas), 3 marcadores de retroprojetor pretos da Pilot, 4 borrachas TK-Plast grandes (alguém fez uma denúncia sobre a caixinha verde que era tóxica, mas continua sendo a melhor borracha pra apagar lápis que já usei, por isso, jogo o invólucro verde fora assim que compro).Foram 180 páginas de papel Chamex Super, A4, 90 cópias xerográficas, em algumas épocas cheguei a trabalhar 18 horas, num dia, sem parar.
Quando arte-finalizava, cheguei a fazer 5 páginas por dia no nanquim. Isso me dava dor na parte de cima do braço (nos músculos que se ligam à mão), a conhecida tendinite. De 1 em 1 hora eu levantava e alongava os braços e costas.Parei de fazer as caminhadas na esteira. Meu exercício se limitou às caminhadas até a Pandora, na aula de quarta-feira e as idas na escola de minha filha.
Todos me deram a maior força, mas a minha mulher, a Cláudia foi especial.
Obrigado, gata!
Sem você, isso tudo teria sido muito mais difícil.
Talvez demorasse 2 anos.
Talvez eu nem terminasse.
Te amo pacas!

CAPA PEQUENA COLORIDA


Já com os requadros...

A ARTE-FINAL


Como eu queria caprichar bastante nos detalhes, usei apenas lapiseira 0.7mm pentel grafite 2B, caneta de nanquim descartável 0.3mm e borracha TK-Plast.

ESBOÇO ESQUEMÁTICO DA CAPA


Aqui eu readequei o ângulo da cena, pois a capa do Antônio Euzébio era vertical e

o espaço da ilustração na capa da coleção Literatura em Quadrinhos da Escala Educacional, é horizontal.

Eu já previ as linhas pretas que cortam o desenho formando requadros como os das Histórias em Quadrinhos.

ESBOÇO INICIAL DA CAPA


Esta é uma releitura da capa de Antonio Euzébio para a edição de Dom Quixote da Epopéia (Ebal).
A capa original tem um grande impacto de construção de cena e um ótimo story telling.

Este é o esboço a lápis.