quinta-feira, 31 de maio de 2007

MENSAGEM DO SPACCA


Bira, este caminho que vc achou para a adaptação está muito bom!
Muito claro, muito dinâmico.
Muito compreensível.
Lembro daquele começo rebuscado, que coloca o fidalgo já no gabinete deleitura, e que o Lobato repete. Você explica o contexto, situa o personagem, e pela primeira vez eu me deiconta de que o nome dele era Quixano e não Quixote. Continue nessa levada. As ações estão bem explicadas, as decisões tomadasnum tempo adequado para ficar convincente para o leitor.
Não dá preguiça de ler. Está alternando bem as legendas e os diálogos. Não está um livro desenhado, nem um filme desenhado: está bem quadrinhos.Não achei esta informação no blog: quantas páginas terá?Espero que tenha uma edição caprichada; claro que para vender em quantidade para o governo, será necessário ter uma edição barata tb (o meu D. João vai sair em papel jornal de boa qualidade); mas faça o possível para ter também uma edição bacana para colecionador.
abraço do spacca
(PS: ponha como subtítulo: "o latifundiário que pirou", hahahahaha)
PS2 - que coincidencia, estou enviando ao mesmo tempo um email de parabéns pro Orlando que desenhou hoje na Folha um Quixote montado ao contrário na pagina 3).

MENSAGEM DO LEANDRO DÓRO


Boa, mestre Bira.

Pena que não encontrei mais essas adaptações aqui em Porto Alegre. Tenho somente os dois primeiros títulos e, infelizmente, não li sua adaptação para Memórias de um Sargento de Milícias. Sim, estava na hora de adaptar Dom Quixote para HQ.


Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre analisaram Dom Quixote como sendo representante de uma cultura hispânica. Buarque falou sobre a contribuição latina do homem aventureiro (o português) em busca de "espaços ilimitados, projetos vastos e horizontes distantes" e Freyre nos aspectos do ibero-americano não pensar no tempo como progresso, mas como existência. Por isso o latino ama o ócio.


Além disso, na cultura erudita, o ibérico mistura o local com o universal, como é o caso de Dom Quixote. Machado de Assis também reflete esse sentimento local e universal, em sua obra.

Dá uma olhada nesse artigo:

O ESCUDEIRO


O grande companheiro, Sancho Pança!

MODELANDO AS PERSONAGENS


D. Quixano, antes da transformação total!

ESBOÇOS


Este aqui fiz na exposição de Leonardo da Vinci no Parque D. Pedro Shopping aqui em Campinas.
Uma das monitoras, Hanna, me cedeu uma folha de caderno e caneta para que eu fizesse esse estudo. Desenhista tem que andar sempre com papel e lápis, mas no aperto, se vira como pode (rs) ...

Hal Foster usava armaduras em tamanho natural para desenhar seus cavaleiros em Príncipe Valente. Sabia tudo o danado!
A facilidade de visualizar um personagem em várias posições só é possível quando se trabalha com um modelo em 3D mesmo.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Prima Página







Bem, pessoal, aqui é o Bira Dantas quem vos fala. Não sou fidalgo, muito menos cavaleiro andante, errante um tanto. Desenhante? Bastante!



O fato é que a convite dos nobres Duda Albuquerque e Vilachã, fui convidado pela Escala Educacional a produzir uma adaptação em quadrinhos de D. Quixote de La Mancha.



Posso lhes adiantar que está sendo uma tremenda loucura. Os dois livros originais têm 600 páginas de um espanhol castiço e rebuscado. Estou adaptando de uma tradução, claro. Me perguntei por que quadrinizar esta obra. Só no Brasil temos a versão de Caco Galhardo, com seu desenho moderno e arrojado e a versão cordelística do nordestino Klévisson, com seu desenho detalhado, isso sem falar do maravilhoso Último Cavaleiro Andante, do mestre Will Eisner.




-Ora (pensei com meus pincéis, canetas e gaitas), será a minha versão. A pesquisa de imagens a partir da ajuda do amigo João Antonio Buhrer (pesquisador e colecionador de Quadrinhos e aficcionado pro D. Quixote) que me fartou de imagens que tantos artistas mirabolantes já fizeram. Até fotos dos locais de Espanha onde se passam as aventuras porra-loucas deste intrépido e destemido cavaleiro, João me arrumou.


Pois bem, aí estão as primeiras 4 páginas. Prometo postar esboços, estudos e quetais. Além de referências que usei...


Quem sabe alguém descobre a fórmula secreta de meus desenhos por aqui...



Boa diversão!

Segunda página


Tem dado muito trabalho quadrinizar a obra de Cervantes. São mais de 600 páginas, com uma escrita hiper rebuscada, que estou adaptando para ficar mais compreensível.

Terceira página


A técnica que estou usando é a pintura com aquarela em papel sulfite. O formato da arte é A4. Dou alguns retoques e pinto alguns fundo no photoshop.

Quarta página